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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Dívidas? Uma companheira indigesta!


O ditador cubano Fidel Castro afirmou que a dívida encerra problemas morais. De fato, há de se convir que a praga da dívida provoca uma desmoralização tal na vida de quem as possui o que torna quase impossível as brigas e as confusões deixarem de existir nos relacionamentos.

Números do Banco Central explicam por que a Paróquia de Santa Edwiges em São Paulo sempre recebe milhares de pessoas por ocasião da comemoração da “padroeira” dos individados e das causas impossíveis. A conseqüência das dívidas sobre a saúde é muito grande.

Os efeitos mais comuns são ansiedade, fadiga e alterações na qualidade do sono. “O stress financeiro é uma das principais razões de acidentes cardiovasculares. Além disso, uma hora e meia a menos de sono implica redução de 30% no rendimento de um dia de trabalho, diz a neurologista Dalva Poyares, da Unifesp” ( revista Isto É, 3/9/2005).

O Lexicógrafo e escritor alagoano Aurélio B. de Holanda define a dívida como um débito, uma obrigação, um dever.

O homem que mais rico da terra afirma que a dívida é uma armadilha. “... e o que toma emprestado é servo do que empresta” (PV 22.7). Sua liberdade lhe é tomada.

“A dívida mata aos poucos, mas só se contentas quando devasta uma multidão.”

Durante os meses de Agosto a Outubro 2011, recebi emails desesperadores de pessoas que estão esfaceladas e atoladas com as dívidas. No livro de minha autoria, “Até que as finanças nos separem”, dou uma orientação como se precaver da “indigesta companheira”, as dividas:

“Quando o semáforo financeiro acender a cor verde, sinaliza que está tudo sob controle. Ao aparecer o amarelo, atenção! Se o vermelho acender, a freada precisa ser instantânea, pois há perigo à vista.”

Qual é a solução quando o monstro das dívidas quer colocar um fim na vida financeira do homem?

A vida tem os seus problemas naturais e aqueles que são provocados pelo próprio homem., entre eles as dívidas que , se forem tratadas a tempo, terão mais possibilidades de êxito. Ninguém deve brincar com as dívidas. Se elas foram contraídas enfrente-as; pague-as, seja uma ou muitas. Portanto, torna-se necessário começar a esboçar um planejamento pagando-as sejam á vista, parceladas, renegociadas. A despeito de qualquer situação, devem ser quitadas.

Quais as saídas para alguém que está vivendo o drama das dívidas?

Joana Del Guercio, escritora e instrutora de treinamentos na área de previdência privada, finanças empresariais e pessoais oferece uma cartilha a ser praticada diante das dívidas:

* Peça ajuda a seus credores, seja humilde e mostre intenção de pagar. Nada mais nobre para um devedor do que dizer ao seu credor: “Devo, não nego, pagar é o que mais desejo”.

* Faça acordos antes de os problemas tornarem-se um monstrinho.

* Faça uma visita, é mais cortês e seguro, em vês de mandar outra pessoa.

* Seja honesto ao mostrar sua estratégia de pagamento.

* Não prometa o que não pode cumprir.

* Tente pagar dentro de suas reais possibilidades, no menor prazo possível.

* Inclua uma carta para todos os credores dando satisfação de que está trabalhando.

* Ainda que pouco, amortize a dívida. Diz o dito popular: de grão em grão a galinha enche o papo.

* Jamais mude de lugar sem avisar a todos; sempre dê satisfações aos credores.

* Mesmo que o salário seja irrisório em relação ao que se deve, é melhor ficar no emprego. Normalmente empresas conceituadas dificilmente empregam pessoas que vivem perambulando “ali ou acolá”.

* Faça uma redução drástica nas despesas para que sobre dinheiro para as renegociações. Tal sacrifício reverterá em benefício, pois sua paz de espírito vale muito. O poeta italiano Ludovico Ariosto já dizia: “Mais do que riqueza, quero paz”.

Concluo usando o Livro Sagrado, “A ninguém, fiqueis devendo nada, senão o amor”, Rm. 13.8.









Por: Ivonildo Teixeira

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