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domingo, 7 de novembro de 2010

Caminho seguro para a igreja


“Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus nele tem-se verdadeiramente aperfeiçoados. E nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou”.(1 Jo 1. 5,6).

Nesta época, tão desafiadora para a Igreja, é saudável que ela se empenhe em fazer uma avaliação de sua caminhada missionária, no intuito de verificar se a missão de Deus está sendo realizada com êxito. Esta verificação é de fundamental importância, pois aponta possíveis erros que devem ser corrigidos e acertos que devem ser celebrados.

Na busca dos acertos, não podemos nos esquecer de que devemos sempre estar atentos para as atitudes e ensinos de Jesus tão bem relatados nos evangelhos. Isso propicia um caminho seguro em meio a tanta turbulência dos dias atuais. Turbulência que, em alguns momentos, tem influenciado a Igreja em seu percurso ministerial, levando-a para bem longe daquilo que Jesus idealizou.

O que percebemos é que na busca do crescimento do dia para noite, algumas igrejas e seus respectivos líderes estão reformulando toda a sua estrutura eclesiástica, culto, e forma administrativa, fundamentados tão-somente nos instrumentos de marketing moderno das grandes empresas dominadoras do mercado, nas concepções discutíveis de certas elaborações aparentemente vindas da psicologia, da lógica do mercado, que apregoa a busca de resultados acima de tudo e de todos. Com isso, não estamos desconsiderando a importância de se estabelecer o diálogo com as outras áreas do saber humano, e, sim, ressaltando a necessidade de se ter uma postura mais criteriosa sobre as fontes a que se recorre.

Outras têm barateado o conteúdo do evangelho, fazendo concessões estranhas. Já não percebemos como antes a condenação aos desmandos políticos, a compra de votos, o envolvimento demasiado da Igreja na política partidária, a aceitação do casamento homossexual, o uso de roupas indecentes e sensuais dos membros, a falta de sinceridade e honestidade, a falta de zelo pelo casamento, etc. Quanto espaço na mídia desperdiçado, usado para propaganda demasiada de produtos da fé, ou para engrandecimento de personagens que mais parecem querer construir seus próprios castelos, em vez de proclamarem o doce nome de Jesus. De fato, algo estranho está acontecendo.

O que queremos denunciar é que o caminho percorrido por algumas igrejas, as tem levado a deixar de olhar mais fixamente para as atitudes e ensinos de Jesus. Isso explica a presença de elementos no meio eclesial contrários à concepção da justiça e ética do Reino de Deus.

A Igreja precisa perceber que se ela conseguir incorporar em suas atitudes todo o ensinamento de Jesus, suas opções, e sua forma de vida, o crescimento será dado pelo próprio Senhor. Sendo assim, entendemos que somos desafiados a nos aproximarmos mais de Jesus, a vivermos influenciados pelo seu amor e atitudes acolhedoras.

Cremos que se a Igreja cristã ainda não conseguiu sinalizar de forma autêntica o Reino de Deus e influenciar de forma decisiva a realidade contemporânea, transformando-a, talvez isso se deva a sua incapacidade de refletir plenamente a vida de Jesus. Mais vale agradar a Deus, vivendo conforme o evangelho com toda a sua radicalidade, que confronta este século e os valores de mercado desqualificantes do ser humano, do que ser simplesmente uma grande instituição que pouco ou nada sinaliza do Reino de Deus, sua justiça, e sua solidariedade.

Ser Igreja implica também apontar e viver uma nova relação tanto social quanto econômica, fundada na fraternidade, na dignidade de todos/as diante de Deus.

Enfim, cremos que, neste momento, em especial, a Igreja Evangélica Brasileira precisa de líderes sedentos pela verdade, sinceros, intrépidos, completamente comprometidos com o Evangelho de Jesus e dispostos a se oferecerem inteiramente para conquistar e transformar o Brasil.

Pense nisso!



 
Por: Rev. Marco Antonio de Oliveira

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